terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O caldeirão, por Luís Augusto Cassas

Luís Augusto Cassas (*)



o que aconteceu?
por mais que o abismo
sorrisse olhos de orfeu
à luz confessemos:
grávidos gravitamos
no fogo de Deus

mas os planetas
em proximidade
abriram florestas
nas identidades
e o vento disse às centelhas:
as brasas – elevemo-las

no intenso carrossel
o eros se ergueu
adoeceu philia
o ágape se perdeu
a mágica poção
de sol veu-se

(Do livro “A mulher que matou Ana Paula Usher”, Imago Editora – Rio de Janeiro).

* Poeta de São Luís/MA.

Nenhum comentário: