segunda-feira, 8 de junho de 2009

As noites paulistanas são belas, maravilhosas. Com chuva ou um tempinho frio é gostoso andar pela cidade. Este é um ano diferente, em que comecei a freqüentar algumas baladas sozinho. Aprendi a fazer programas bastante interessantes, como ir ao SESC Pompéia e depois dar uma passadinha em Pinheiros para dançar o bom e velho forró.

Estranho, ao sair de casa, na fé que iria conseguir um ingresso para assistir o show da Banda Black in Rio e a participação do trombonista Boccato na Choperia. Ao chegar na bilheteria, havia uma placa com a seguinte mensagem: Ingressos Esgotados para Black in Rio e Boccato.
Pensei, circulei, fiquei olhando alguns banners. Voltei, descobri que havia Arrigo Barnabé. Nunca assisti a uma apresentação do Pianista. Logo, resolvi, comprei o ingresso e subi até o teatro.
Arrigo e seu parceiro, dois exímios pianistas que apresentavam as suas composições experimentais. Pude ouvir no final “Clara Crocodilo”, que é uma composição bastante interessante. Acabou a apresentação, segui em direção ao estacionamento. Encontrei duas moças comentando sobre o show e ficaram surpresas com a performance do Arrigo Barnabé e de seu parceiro. Quando pagava a conta, olhei para o relógio: eram 22h15. Peguei o carro, dei uma voltinha no bairro das Perdizes e resolvi seguir até a Faria Lima. Entrei no Canto da Ema, fiquei até 01h00 da manhã.


Durante a volta para a casa, a cidade estava bastante movimentada. Plena madrugada de sábado para o domingo, as principais vias da cidade encontravam-se congestionadas. Ao chegar em casa, pude descansar bastante e aproveitar o domingo para estar com o pique para a segunda-feira.


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Sábado seguinte, passa uma semana apertada, muitas contas para pagar. Enfim, chega a hora da diversão. Li no jornal na sexta-feira que teria uma apresentação do Francis Hime e com participação de Mônica Salmaso.


Durante a manhã, uma garota torrou a minha paciência e queria ir para uma igreja. Eu disse que não estava a fim de ir em nenhuma igreja, queria me divertir e estava em dúvida se ia para o Teta Jazz ou Sesc Pompéia. Ela insistiu sobre a igreja. Disse que precisaria de um emprego e não tinha um real para pagar uma garrafa de água. Logo, pensei, pensei... enrolei na Internet e achei uma igreja e disse que iria buscá-la às 18h15 na casa dela.


Cheguei um pouco atrasado, mas dentro do horário previsto. Choveu, deu tudo errado, mas cheguei. Ao perguntar ao porteiro: “Cadê a *Chiquinha do 108? “, ele interfonou e disse: “ Meu, ninguém responde”. Então, entrei no carro e fui embora. Fiquei muito chateado, triste. Mas lembrei do que eu li no jornal que teria Francis Hime no SESC. Logo, fiz a volta e segui em direção a Pompéia. Fiquei só, olhando pessoas que estavam sozinhas, com famílias, com amigos e lá estava no meu canto, tomando um Del Vale de latinha e vendo o tempo passar.
Comprei o ingresso e mais um tempinho, segui até o teatro. Ao tocar a campainha, entram os músicos e Francis Hime. Uma apresentação maravilhosa, músicos de ótima qualidade. Francis mostrou muita facilidade ao se comunicar com o público e a participação de Mônica Salmaso foi bastante marcante e deu um colorido especial junto ao grupo do músico carioca.
Uma hora e meia de show que passou muito rápido de tão bom que foi. Valeu a pena sair sozinho mais uma vez pelas noites paulistanas.
(*)Estudante de jornalismo, micro-empresário e escreve no blog Casos Urbanos www.luisdelcidess.blogspot.com.

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